Barcos ao Rio


Balanço, 
nas tuas águas turvas me embalo, 
outros como eu aqui estiveram,
balanço,
 e oiço-te, meu velho amigo...


Aqui espero,
e balanço, 
e me balanças, 
quase que enjoo sobre as tuas águas salgadas,
 que me envolvem,
e balanço, 
e tu me embalas...
...uma e outra vez...


Tu, oh meu velho rio, 
que tão bem conheces o meu casco, 
o meu ser de madeira ruída e húmida, 
pelas tuas aguas suaves.
Balanço, 
...uma e outra vez...
 a ti pertenço e em ti viverei,
...para sempre.

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